Na primeira final europeia entre dois clubes portugueses, o Porto confirmou o seu amplo favoritismo, venceu o Braga por 1 a 0, e conquistou pela segunda vez a Liga Europa (na primeira, em 2003, o torneio ainda se chamava Copa da Uefa). O gol da partida desta quarta-feira, realizada em Dublin, na Irlanda, foi marcado depois de uma jogada entre dois atletas colombianos. Após cruzamento de Guarín, Falcao Garcia se livrou da marcação e cabeceou sem chances para o goleiro brasileiro Artur. O tento garantiu o segundo título da equipe nesta temporada, na qual já venceu de forma invicta o Campeonato Português.
Apesar de favorito contra o modesto Braga, que nunca havia chegado sequer em uma final de competição europeia, o Porto teve muitas dificuldades para passar pela boa marcação do adversário. Após alguns chutes de fora da área, a equipe de Andre Villas-Boas abriu o placar aos 43 minutos, em cabeçada do artilheiro Falcao Garcia, que chegou a 17 gols em 14 jogos nesta Liga Europa.
Na segunda etapa, a magra vantagem conquistada pelo Porto se manteve mesmo com as três substituições realizadas pelo técnico Domingos Paciência, que mandou o time para o ataque. Na principal chance do Braga, logo no primeiro minuto do segundo tempo, o brasileiro Marcio Mossoró perdeu um gol incrível, que poderia ter levado a decisão para a prorrogação.
O jogo – O futebol avassalador do Porto visto nas quartas e nas semifinais da Liga Europa não apareceu no primeiro tempo da decisão da competição. Atrapalhado pela boa marcação do Braga, o Dragão não conseguiu realizar tabelas com o seu trio de ataque e acabou se limitando a alguns chutes de fora da área e a jogadas de bola parada.
Tentando colocar a sua equipe à frente, o brasileiro Hulk se movimentou bastante desde a primeira etapa. Logo aos seis minutos, ele dominou a bola pela direita, invadiu a área, puxou para a perna esquerda e bateu à direita do gol de Artur. Mais tarde, o atacante ainda tentou levar perigo em duas cobranças de falta, mas não obteve sucesso.
Pelo lado do Braga, a estratégia do técnico Domingos Paciência parecia que iria resultar em uma igualdade ao término do primeiro tempo, no qual a sua equipe não abdicou do ataque, mas arriscou muito pouco no setor ofensivo. Entretanto, o castigo para o novato em decisões europeias veio ainda na primeira etapa, aos 43 minutos, quando Guarín driblou um marcador pela direita e cruzou na cabeça do atacante Falcao Garcia. Com consciência, o colombiano se livrou da marcação e escorou forte para anotar o seu 17º gol em 14 jogos na competição, incluindo-se a fase qualificatória.
Na etapa final o Braga voltou com uma mudança importante na armação da equipe, com a entrada de Marcio Mossoró no lugar de Hugo Viana. Logo antes do primeiro minuto o brasileiro apareceu sem marcação em frente ao goleiro Helton, chutou rasteiro, mas viu o compatriota impedir o tento com os pés.
Valente na busca pela igualdade, o Braga realizou todas as três substituições disponíveis e passou a adotar uma postura mais ofensiva. O Porto, por sua vez, tentou aproveitar os contra-ataques, mas não foi feliz nas finalizações. Contente com o resultado, o Dragão segurou a pressão adversária até o final e pôde comemorar mais um título na temporada.
Por Gazeta Esportiva